Morrer,
mas não morrer fisicamente.
Do teu
corpo que cheira a vinho e gozo,
Envolto
num prazer maravilhoso,
Morrer
lá dentro, exausto, lentamente.
Morrer,
mas não morrer como se sente
Do
triste luto o gosto pesaroso.
Morrer,
mas de um cansaço prazeroso,
Sobre
teu ser suado e muito quente.
Melhor
que esta que morte se afigura,
Que
outra vem nos trazer paz e ventura
Após
momento altivo e sublimar?
E após
este morrer que tudo cura,
E da paixão
sentir sua loucura,
Um
cabernet contigo vou tomar.
Luiz
Alberto C. Filho
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